quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Injustiça Rubro Negra

Vi na televisão hoje um jovem às lágrimas expressando toda sua indignação com a injustiça que sofrera e que também viu outros sofrerem, como que os mais poderosos e malandros conseguem as coisas no "jeitinho" e depois de conseguirem esfregam no rosto do indignado, com orgulho e repúdio, aquilo que ele tentou conseguir por meios legais e não conseguiu, percebe que não há mais nada pra fazer a não ser chorar, pois já é de costume para o brasileiro a tentativa e no final a frustração.

Esse episódio me fez pensar se o nosso senso de justiça se perdeu. Porque a cena do jovem que vi na tv, era de um fanático torcedor do meu querido MENGÃO que tinha ficado 72 horas na fila e no final viu que só alguns privilegiádos por causa dos "jeitinhos" conseguiram a grande façanha de comprar um ingresso. Não sei se chorava junto ou ria de tal aberração, automaticamente pensei! Não posso chorar dessa injustiça, se há tantas injustiças piores do que essa.

As mazelas da sociedade sendo vista todos os dias como coisas normais me fizeram perceber que estamos definindo graus para julgar o que é mais injusto nas injustiças que vemos todos os dias, possivelmente alguém recriminou o choro daquele jovem dizendo ou pensando que tem coisas muito mais sérias na vida pra se chorar (como eu pensei primeiramente), refleti e cheguei a conclusão que não penso assim, foi injusto, parecia que estava ouvindo um choro que não se resumia ao fato que aconteceu, mas a fatos que acontecem todos os dias. Pois a injustiça assistida também agride a quem assiste.

Depois de pensar nisso agradeci a Deus, porque eu chorei assistindo a injustiça que aquele irmão flamenguista sofreu, senti um alívio, vi que ainda resta um pouco de humanidade em mim.
Peço ao Divino Jesus que me faça humano como Ele é.

OBS: Primeiro texto, to tentando aprender a escrever (rss).
Agradeço a ajuda do meu irmão Gabriel e meu grande amigo Pedro Julian