terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Continuação: A missão de amar

Cada vez mais mostra-se presente as dificuldades da igreja evangélica brasileira em responder com propriedade as necessidades que este povo vem gritando diante de uma realidade, em muitos casos, desesperadora. Há questões como fome, violência, drogas, marginalização, o descuido com a saúde pública e etc. que cada vez mais influenciam a mente dos brasileiros para um futuro sem esperança, um descrédito na vida e uma fuga da realidade usando qualquer tipo de artifício, que muitas vezes é manifestado em omissão diante do problema do próximo.
Neste caso entra a igreja com sua mensagem de esperança que, se não for atuante no contexto da sociedade contemporânea, perde seu crédito, seu valor e toda sua função como comunidade anunciadora do amor de Cristo, da esperança de um futuro melhor.
Como falar em salvação da alma se essa mesma igreja não consegue nem ao menos tentar ser relevante nos problemas do “agora”?
Os problemas que a igreja evangélica brasileira precisa responder são aqueles que atingem o ser humano como um todo, um ser de maneira integral. A missão da igreja é levar ao próximo sua mensagem de esperança salvífica da alma e ajudar as necessidades deste mesmo próximo nas dificuldades físicas com o amor de Cristo que é o lema maior do cristianismo, ou seja, levar Cristo ao ser humano de forma integral.


Palavras-chaves: igreja relevante, evangelização, responsabilidade social.

A missão de amar

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” João 13.35

A mesma igreja que proclama as boas novas do reino deve ser a mesma que estende a mão ao necessitado, a missão da igreja é uma realidade bíblica. Devemos tomar cuidado com esse reducionismo evangélico que tem tomado conta de algumas igrejas, onde há uma polarização entre evangelização e ação social, isso acontecendo se deixa de contemplar o indivíduo em sua totalidade deturpando a missão da Igreja.

Se quisermos atentar para o ensino bíblico, então devemos almejar por uma igreja brasileira autêntica, que não seja ela mesma um mito, mas a realidade bíblica de uma missão integral em nossa sociedade. Na qual cada vez mais se destrói em seus valores vazios, e não atenta a verdadeira missão cristã que é amar, sim amar o necessitado, seja a necessidade qual for, fome, sede, carinho, atenção etc. O que muitas vezes aparenta é que a igreja evangélica no Brasil está sucumbindo pela sua ausência na sociedade e pela sua imparcialidade com as questões que são vitais para qualquer ser humano, e que não vão deixar de gritar por socorro. Como a sociedade precisa da igreja e como a carência precisa ser suprida (o “suprir” precisa da carência para existir), a igreja precisa se firmar como agência do amor fraternal de Deus para com os necessitados para existir, se não for assim, perde sua identidade cristã e também sua razão de existência no Brasil e no mundo.

“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” João 15.5

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Injustiça Rubro Negra

Vi na televisão hoje um jovem às lágrimas expressando toda sua indignação com a injustiça que sofrera e que também viu outros sofrerem, como que os mais poderosos e malandros conseguem as coisas no "jeitinho" e depois de conseguirem esfregam no rosto do indignado, com orgulho e repúdio, aquilo que ele tentou conseguir por meios legais e não conseguiu, percebe que não há mais nada pra fazer a não ser chorar, pois já é de costume para o brasileiro a tentativa e no final a frustração.

Esse episódio me fez pensar se o nosso senso de justiça se perdeu. Porque a cena do jovem que vi na tv, era de um fanático torcedor do meu querido MENGÃO que tinha ficado 72 horas na fila e no final viu que só alguns privilegiádos por causa dos "jeitinhos" conseguiram a grande façanha de comprar um ingresso. Não sei se chorava junto ou ria de tal aberração, automaticamente pensei! Não posso chorar dessa injustiça, se há tantas injustiças piores do que essa.

As mazelas da sociedade sendo vista todos os dias como coisas normais me fizeram perceber que estamos definindo graus para julgar o que é mais injusto nas injustiças que vemos todos os dias, possivelmente alguém recriminou o choro daquele jovem dizendo ou pensando que tem coisas muito mais sérias na vida pra se chorar (como eu pensei primeiramente), refleti e cheguei a conclusão que não penso assim, foi injusto, parecia que estava ouvindo um choro que não se resumia ao fato que aconteceu, mas a fatos que acontecem todos os dias. Pois a injustiça assistida também agride a quem assiste.

Depois de pensar nisso agradeci a Deus, porque eu chorei assistindo a injustiça que aquele irmão flamenguista sofreu, senti um alívio, vi que ainda resta um pouco de humanidade em mim.
Peço ao Divino Jesus que me faça humano como Ele é.

OBS: Primeiro texto, to tentando aprender a escrever (rss).
Agradeço a ajuda do meu irmão Gabriel e meu grande amigo Pedro Julian